Gerações no mercado de trabalho: quais os gargalos e como se potencializam

Liderança

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Gerações

Não é de hoje que se lê e se ouve reflexões em torno dos conflitos das gerações no mercado de trabalho. De um lado estão os colaboradores, com faixas etárias distintas, e de outro as lideranças. Há as organizações onde o bom clima impera. Já em outras, relatos sobre ambientes tóxicos são uma constante, ocasionando problemas como a depressão no trabalho.

A fim de enriquecer a discussão, o texto de hoje trará os perfis das diferentes gerações no mercado de trabalho. Características, potencialidades e desafios também darão a tônica da conversa, que também será marcada por duas importantes questões: habilidades de liderança para o trabalho do futuro, bem como as habilidades necessárias para trabalhar em ambientes complexos.

Acompanhe a leitura!

Conhecendo as gerações no mercado de trabalho

Para início de conversa, é essencial entender que esse cenário é marcado pela idade. Além disso, faz-se um breve parêntese aqui: a intenção deste artigo não é discutir etarismo, ainda que tal conceito seja de suma importância na atualidade. Até porque cada vez mais as pessoas precisam continuar trabalhando. E há uma parcela de organizações que, por algum motivo, não contrata pessoas mais velhas. Tampouco a proposta do texto é promover a rivalidade entre as gerações.

Dito isso, entenda a seguir quais são as diferentes gerações e como é o perfil geral de cada uma. Assim, é possível delinear as habilidades requeridas para atuar no mercado de trabalho do futuro.

Baby Boomers

Consistem na geração de trabalho mais longeva em atividade atualmente. Compreende os nascidos entre os anos de 1945 a 1964 sendo, portanto, pessoas na casa dos 60 anos ou mais. Entre as principais características dos baby boomers estão a necessidade de estabilidade em seus empregos. Aos mais jovens que são questionados pelos pais e avós sobre concursos, eis uma das possíveis razões. 

Para eles, manterem-se firmes durante décadas em uma mesma empresa é sinal de sucesso, antes de obter a tão aguardada aposentadoria. Acabam, por esse fator, sendo promovidos para cargos de gestão. Também são orientados a seguir hierarquias e a evitar conflitos, o que, necessariamente, não significa algo bom.

Geração X

Após os boomers, é chegada a hora da geração X, mas não o X da Xuxa, já que eles nasceram bem antes da rainha dos baixinhos ser alçada à fama: 1965 e 1978. Estão na casa dos 40 para 50 anos. É a geração orientada por outros desejos e, assim sendo, o trabalho não é o seu único objetivo de vida.

A independência costuma ditar as regras do jogo para essas pessoas, que também são mais proativas. Ademais, passaram por uma mudança nos processos corporativos, com a chegada do computador – alguém se recorda do MS-DOS? Apesar disso, a resistência à inovação também marca uma parte desses indivíduos.

Geração Y

Essa geração no mercado de trabalho é mais conhecida por outro termo: millennials. São os nascidos entre 1979 e 1992, imersos na tecnologia que continuava avançando. Diferente de seus pais e avós, para eles os valores pessoais se sobrepõem às necessidades profissionais. Deve ser por isso que são mais criativos, inovadores e não têm medo de mudar.

Geração W e Z

Finalizando a sopa de letrinhas das gerações no mercado de trabalho estão duas delas que, por vezes, são confundidas. A geração W nasceu a partir de 1991, enquanto a Z cerca de 10 anos depois, em 2001. O mundo digital, portanto, é algo natural para eles, facilmente incorporado em seu dia a dia. Porém, são mais imediatistas e entendiam-se facilmente.

Potencialidades e desafios das gerações nas organizações

A análise minuciosa em conjunto com os gestores é fundamental para que o RH seja estratégico no futuro. Dessa forma, é preciso fazer algumas considerações sobre as gerações no mercado de trabalho.

Tanto a geração dos boomers quanto a X têm a vantagem de serem mais pacientes e reticentes a mudanças, assim que elas surgem. Apesar de experimentarem novos processos – muito por atender pedidos das gerações posteriores – são analíticos e observadores, verificando se realmente vale a pena. No entanto, parte deles pode prejudicar a adesão a inovações. E isso gera atrito com os times que desejam mudar.

A geração Y, por sua vez, precisa estar constantemente interessada, caso contrário, a mudança de emprego se torna permanente. Ao passo em que isso ocorre, também costumam tirar as lideranças geralmente ocupadas pelos indivíduos das gerações antes dela – da zona de conforto. 

Os millennials partem para a “briga”, metaforicamente falando, em defesa do que consideram como primordial a ser alterado. O que pode ser benéfico para os negócios, sobretudo startups, nas quais a inovação deve ser regra e não exceção. Aqui vale lembrar que inovação é feita de gente e não apenas de tecnologia. 

Já as gerações W e Z necessitam de novidades constantes, tal qual os millennials. Acabam, por isso, sendo mais impacientes, esquivando-se do trabalho em equipe. São naturalmente entediados, precisando de atividades que lhes tire desse lugar comum, para serem integrados ao restante do time. No entanto, são mais desapegados; assim, o que não tem utilidade é logo descartado. O que pode ser interessante, no caso de processos que precisam de mudança.

Ao compreender tais diferenças, a harmonia nas relações de trabalho pode ser conquistada e mantida. Mas algumas habilidades são bem-vindas aos líderes para orquestrar diferentes gerações.

Habilidades de liderança para o trabalho do futuro 

A liderança inovadora tem um papel crucial para fazer com que as gerações no mercado de trabalho se entendam. Dessa forma, algumas habilidades podem ser desenvolvidas e aplicadas. São elas:

  1. Fomentar o pensamento criativo para gerar oportunidades;
  2. Confiar em novas ideias e colocá-las em ação;
  3. Desenvolver empatia, inclusive pelo público externo;
  4. Vender e defender novas ideias;
  5. Ser antifrágil; 
  6. Criativo/a.

No artigo Liderança inovadora: o que é e quais as habilidades necessárias explicamos cada uma delas e como fazer sua organização ser do futuro ainda no presente.

Habilidades necessárias para trabalhar em ambientes complexos

Além das habilidades descritas antes, outras também podem ser importantes, especialmente em cenários complexos. Estes são marcados pela imprevisibilidade gerada com as tomadas de decisão acerca de causas conhecidas. 

Assim, o líder precisa ser consciente quanto ao cenário complexo, ser proativo e estar pronto a resolver, além de estimular a colaboratividade entre seus pares. Para saber mais, leia o artigo: Habilidades e competências para lidar com cenários complexos

Achou que alguma geração ficou de fora ou tem algum detalhe a complementar? Deixe seu comentário e vamos conversar mais a respeito.

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