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A inovação é feita de gente e não apenas de tecnologia

Inovação

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Se você fizer uma pesquisa rápida no Google encontrará fundamentos, exemplos e muitas histórias de sucesso (e insucesso) de empresas que conseguiram inovar, seja de forma radical ou incremental. Entretanto, uma pesquisa mais aprofundada na ferramenta Answer the Public, você terá acesso a mais de 100 dúvidas sobre inovação: 

  • quem criou a inovação?
  • por que a inovação é importante na empresa?
  • como inovações tecnológicas causam impacto na produtividade?
  • e muito mais!

Além disso, é possível encontrar cases de inovação em diferentes setores, mas pouco se fala que a inovação é feita de gente. E que, sim, a tecnologia é um meio importante para criar negócios inovadores e disruptivos, mas por detrás de processos, ferramentas e modelos de negócios, há pessoas, muitas pessoas que ajudam empresas a desafiarem o status quo.

Afinal, como bem lembrou Simon Sinek “100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios”.

Quer saber mais sobre como o investimento em pessoas impacta a sustentabilidade da empresa e a percepção de valor para o seu cliente, a partir da inovação? Continue a leitura do artigo!

Inovação é feita de gente e está faltando gente com formação tecnológica

O sistema educacional brasileiro forma apenas 53 mil pessoas com perfil tecnológico por ano. Prova disso é que existe hoje um déficit de profissionais como cientistas de dados, analistas de informações, pessoas engenheiras, profissionais de gestão de pessoas para lidar com as novas habilidades do futuro do trabalho, entre outros.

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), serão necessários cerca de 420 mil profissionais de TI até 2024. De acordo com um estudo recente do Google, esse déficit chega em torno de 530 mil. Até lá, várias iniciativas privadas e de impacto social vêm criando cursos, programas de trainees e estágio para desenvolver as habilidades técnicas da população brasileira. Essas iniciativas são sobretudo voltadas para grupos minorizados no mercado de trabalho, como mulheres, pessoas negras e LGBTQIAP+.

Instituto Nu, Prototipando a quebrada, Awalé e PrograMaria são alguns exemplos de empresas de impacto social que criam acesso ao mesmo tempo que contribuem para resolver um gargalo do mercado. Tudo isso sem contar na forte contribuição para desenvolver mais iniciativas da letra S do ESG

Afinal, até outro dia, a tecnologia estava na mão de poucos. E mesmo que ONGs e empresas de impacto social trabalhem para romper barreiras e criar mais acessos, uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e a empresa PwC, mais de 33,9 milhões de brasileiros não têm sequer acesso à internet. Com a chegada do 5G, as escolas privadas que estão nas grandes cidades serão beneficiadas de forma muito mais rápida com a realidade virtual, mas as crianças que estudam em escolas públicas, no interior, não têm a mesma oportunidade. 

O que a sua empresa tem feito para suprir esse gap de profissionais? 

Diante desse cenário de falta de profissionais qualificados, algumas empresas têm procurado resolver o problema dentro de casa. Elas atuam para suprir as deficiências educacionais e formar profissionais internamente. 

Magazine Luiza

O Magazine Luiza, por exemplo, criou um programa de formação de desenvolvedores chamado “Luiza Code”. O objetivo do programa é formar mulheres na área de tecnologia e torná-las desenvolvedoras qualificadas. O programa é oferecido gratuitamente e é voltado para mulheres de todo o Brasil, independentemente da sua formação acadêmica ou experiência profissional anterior.

Itaú

O Itaú também desenvolve diversos programas internos de desenvolvimento de programadores, visando capacitar seus colaboradores e garantir que a empresa tenha um quadro de profissionais qualificados na área de tecnologia.

Um dos programas mais conhecidos é o Programa de Formação de Especialistas (PFE), que oferece aos colaboradores a oportunidade de se especializarem em diversas áreas, incluindo tecnologia. O programa é voltado para profissionais que já possuem conhecimentos básicos em programação e desejam se aprofundar em temas específicos, como desenvolvimento de software, banco de dados, segurança da informação, entre outros.

TOTVS

A TOTVS, uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil, possui vários programas internos para o desenvolvimento de programadores. O objetivo desses programas é capacitar e desenvolver os profissionais da empresa, garantindo que eles tenham as habilidades necessárias para atender às demandas do mercado e oferecer soluções inovadoras aos clientes.

CI&T

A CI&T é uma empresa de tecnologia que se destaca no mercado pelo seu modelo de formação e desenvolvimento de profissionais. A empresa oferece diversos programas de capacitação e treinamento, como o CI&T Academy e o CI&T Co-Learning, além de incentivar a participação dos seus colaboradores em eventos e conferências da área de tecnologia.

Essas são apenas algumas das empresas brasileiras que se destacam no quesito de formação interna de programadores. Existem diversas outras empresas que também investem na capacitação e desenvolvimento de seus profissionais, visando garantir a qualidade e a competitividade de seus produtos e serviços no mercado de tecnologia.

A tecnologia é importante, mas não é suficiente

Além disso, vale reforçar que a tecnologia é importante, é um fator-chave. No entanto, nos faltam alguns aspectos quando falamos do Brasil, inclusive uma extrema necessidade de as pessoas conversarem com as pessoas. Quem é que aguenta passar 30 minutos ao telefone tentando falar com uma atendente? Quando o bot resolve o problema, ótimo, mas quando não resolve? É fundamental ter o contato direto com pessoas. 

Os bancos digitais, por exemplo, estão mudando seus modelos de atendimento para permitir que os clientes sejam recepcionados por pessoas, não por robôs. É uma dicotomia pela qual estamos passando, pois nunca vivemos momentos de disrupção digital tão intensos como agora, sem precedentes históricos. A realidade de hoje é completamente diferente, sendo impulsionada por essa transformação digital.

Novas habilidades para promover uma inovação feita de gente para gente

Vemos o fim dos empregos formais e passamos a focar em equipes com diferentes habilidades e competências que exigem criatividade e capacidade de resolver problemas complexos, alfabetização de dados, equidade e meio ambiente. Temas que antes eram negligenciados e agora estão causando essa grande mudança no mercado de trabalho.

Mas será que toda essa transformação aconteceu por conta do avanço da internet e novas tecnologias? Não, lembra que falamos que a inovação é feita de gente? E são os hábitos dessas pessoas que transformam o mercado, seja por meio da forma de consumir ou se relacionar. 

Habilidades para inovação

Correr riscos, criatividade, inventividade, inovação, assegurar a eficácia operacional são pilares fundamentais para que empresas consigam prosperar no mercado. É por isso que diversidade e times plurais são fundamentais para criar equipes inovadoras.

Isso implica na necessidade de pessoas qualificadas, decisórias e críticas, capazes de operar em ambientes turbulentos e incertos. É por isso que dizemos que a inovação é feita de gente.

Pessoas que sentem e se comovem com as questões que as cercam. Pessoas que têm empatia e compreensão pelos problemas dos colegas. Pessoas que valorizam a ética. A mudança é constante em nossas vidas, mas entender que o momento não é só de tecnologia nos tornará mais empáticos com todos ao nosso redor. De pessoas para pessoas. 

Além disso, a educação para inovação deve ser contínua, pois as habilidades necessárias para inovar estão em constante evolução. As empresas e organizações devem investir na formação de seus colaboradores, oferecendo treinamentos, workshops e outras oportunidades de aprendizado para ajudá-los a se adaptar às mudanças.

Você pode saber mais sobre as habilidades do futuro e que conduzem a uma inovação feita de gente nos artigos: Habilidades e competências para lidar com cenários complexos e Antifragilidade: por que precisamos falar desta nova habilidade?

A transformação cultural como um pilar para a inovação

Para tornar as empresas mais inovadoras a partir das pessoas que trabalham lá, é importante adotar um processo de transformação que envolve, entre outros pontos: 

Fomentar uma cultura de inovação

Uma empresa que busca se tornar mais inovadora deve promover uma cultura que estimule a geração de novas ideias e a experimentação. Isso pode ser alcançado por meio da realização de processos de co-criação, estabelecimento de metas e incentivos para a inovação, além do reconhecimento de iniciativas criativas.

Incentivar a colaboração

Já falamos que a inovação é feita de gente e, frequentemente, no plural. Isso porque a colaboração entre diferentes áreas da empresa é fundamental para criar soluções e produtos inovadores. Portanto, encorajar a troca de ideias entre equipes e a cooperação entre as pessoas é essencial. 

Proporcionar recursos adequados

Para que as pessoas possam inovar, é importante que tenham acesso aos recursos necessários. Assim, a empresa deve proporcionar ferramentas de pesquisa e desenvolvimento, tecnologia de ponta e orçamento para projetos inovadores. 

Reconhecer e recompensar a inovação

A empresa deve reconhecer e recompensar os colaboradores que contribuem com ideias e projetos inovadores. Isso pode incluir incentivos financeiros, promoções e oportunidades de desenvolvimento profissional.

Incentivar a aprendizagem contínua

A inovação requer uma mentalidade de aprendizado constante. A empresa deve incentivar os colaboradores a adquirir novas habilidades e conhecimentos, bem como a experimentar novas abordagens para resolver problemas.

Não é a tecnologia ou inovação que transformam o mercado. O que transforma o mercado são pessoas que agregam valor ao que fazem, através dos meios disponíveis em cada época.

Indivíduos modificam suas realidades ao mesmo tempo que são modificados por ela. Essas mudanças representam uma velocidade exponencial na tecnologia, mudam nosso ambiente e são necessárias pessoas para orientar os processos. Não considerar as pessoas e sua importância nesse contexto elimina a inovação e consequentemente a tecnologia.

Se você gostou deste conteúdo, conheça também nossa palestra sobre o assunto e veja como levar essa forma de pensar para o seu negócio! Deixe seus comentários e compartilhe o que sua empresa tem feito para nesta área. 

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