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Corporate venture: como sua empresa pode se beneficiar disto?

Inovação

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corporate venture

O conceito de corporate venture ou empreendedorismo corporativo não é novo, mas a modalidade de investimento têm ganhado cada vez mais adeptos, o que significa grandes oportunidades para empresas com um perfil inovador, que tem a capacidade de propor não somente novos produtos e serviços, mas novos negócios. O corporate venture consiste no investimento de fundos corporativos diretamente em empresas startups, que pode resultar (ou não) em participação, e que além de recursos financeiros, pode também disponibilizar mentoring gerencial e de modelos de negócios.

Para as startups, empresas nascentes, mas normalmente com um perfil altamente inovador, isso representa acesso a importantes recursos, sem entretanto engessá-la em uma estrutura muito mais formal e burocrática de uma grande organização. Na verdade, trata-se de uma relação mutuamente benéfica, pois a flexibilidade e agilidade das startups confere às grandes organizações uma capacidade de inovar e propor novos modelos de negócios que possivelmente não teriam condições de prosperar em seu ambiente já estabelecido.

Impulsionando a inovação

O modelo de corporate venture se diferencia do venture capital tradicional, onde existem fundos de investimento que lidam com os riscos de novos negócios, mas que estão buscando um retorno em um determinado prazo. Além de representar um investimento direto por parte da corporação, o objetivo é muito mais de fomento à inovação e o estabelecimento de novas frentes de negócios. É comum que as startups impulsionadas por corporate venture sejam posteriormente absorvidas ou venham a integrar um grupo econômico formado pelas organizações que nela investiram.

O que ocorre na prática é uma alavancada para oportunidades de negócios inovadoras. Ambos os lados ganham, de formas que extrapolam apenas o lado financeiro. Benefícios estratégicos podem ser derivados das alianças que orbitam o corporate venture, gerando receitas adicionais e redução de custos para ambos os lados, além de permitir negócios que, individualmente, talvez não se concretizassem.

Grandes nomes

O conceito de corporate venture já existe há muito tempo nos Estados Unidos e Europa, e começa a ganhar cada vez mais força no Brasil. Cabe destacar que não está restrito a uma área específica, pois não lida tanto com a inovação sob o ponto de vista de tecnologia, mas sob a ótica de novas frentes de negócios.

Internacionalmente, nomes como Intel, IBM, Google, Telefónica e 3M são nomes consolidados no corporate venture. No Brasil, a lista conta com nomes como Braskem, Cemig, Promon, Votorantim, Odebrecht e Grupo Bandeirantes.

Pode se dizer que o corporate venture tem tido grande apelo em setores de grande crescimento. O dinamismo e capacidade de inovar que novos entrantes têm demonstrado nesses setores têm o potencial de desafiar as grandes empresas já estabelecidas. Dessa forma, o corporate venture torna-se uma forma de equalizar interesses e transformar em uma relação de ganho mútuo uma que tenderia a ser de concorrência.

Quando vale a pena investir?

No ano passado as startups brasileiras movimentaram o montante de US$ 1 bilhão de investimentos em capital de risco corporativo. Esse valor representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior. É por isso que é comum ouvirmos por aí que os investidores que apostam em Venture Capital (VC) e Corporate Venture Capital (CVC) estão sedentos para encontrar o próximo unicórnio brasileiro. E  não é por menos já que, em 2017, a Didi Chuxing começou a investir na brasileira 99.

As duas empresas se tornaram parceiras e trabalharam juntas no gerenciamento operacional e no desenvolvimento do mercado de tecnologia alinhada a mobilidade urbana. O resultado foi a aquisição da brasileira pela gigante chinesa por alguns bilhões de dólares. Alex Camninos, CEO da LATAM, escreveu um artigo para a Época Negócios analisando o ecossistema brasileiro de inovação. Ele apontou a startup Yellow como a próxima da lista. A empresa recebeu um aporte de US$ 63 milhões em uma rodada de investimento facilitado por uma empresa de Venture Capital com base na Califórnia e que também tem sede na China.

Ele mostrou ainda que o valor de US$ 1 bilhão de dólares captado no mercado brasileiro foi destinado para empresas das seguintes áreas: Fintechs, Varejo e Mobilidade levaram mais de 50% do volume de negócios com as Corporate ventures. 

Outros dados apresentados no Relatório Trimestral da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, identificou outras áreas promissoras para o capital de risco, além da tecnologia e financeiro, também ocorreram transações envolvendo empresas ligadas a saúde, higiene e estética.

Corporate Venture Capital e Venture Capital: qual a diferença?

O venture Capital faz parte do mercado de risco e ocorre quando grandes empresas decidem investir em empresas menores, ainda em fase de crescimento, com o objetivo de ter o retorno do aporte e lucrar bastante no futuro. O objetivo da Corporate Venture Capital é o mesmo, mas o que muda é a mira, já que essas transações envolvem o investimento de orçamento corporativos em startups que estão em fase de crescimento acelerado.

Nesse último caso, os investidores costumam ir muito além do aporte financeiro, compartilhando sua experiência por meio de práticas administrativas, financeiras e de marketing. Como vimos no início do texto, estratégias de Corporate Venture Capital têm movimentado bilhões de dólares tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e os benefícios são muito bem distribuídos em todos os atores do processo.

As pequenas empresas ganham a possibilidade de se transformarem em grandes companhias ou ainda podem ser compradas por gigantes da sua área de atuação. Google, Intel, Twitter e Facebook são empresas que investem muito dinheiro em Corporate Venture Capital. Além disso, os empreendedores têm a chance de conquistar a tão sonhada governança corporativa, a oportunidade de operar em outros mercados, além do aumento significativo na rentabilidade.

Para os investidores, espera-se que o retorno do investimento seja pelo menos dez vezes maior do que o valor empregado. Por isso é tão importante para o empreendedor ter um plano de negócio muito bem definido, com informações do momento atual e também de onde se quer chegar depois do aporte. Tudo isso sem contar na saúde financeira da startup. Os processos de seleção para uma rodada de investimento de Corporate Venture duram meses, pois é necessário investigar com muita cautela, o negócio, o perfil profissional do CEO e também a sua equipe de trabalho.

O que esperar do mercado de Corporate Venture Capital em 2019?

Alex Camninos acredita que as próximas saídas continuam vindo do mercado internacional, empresas como Didi Chuxing & 99, Pagseguro e Stone, além de outros investidores internacionais como Tencent, Softbank e Naspers. Essa movimentação em torno do mercado brasileiro sugere que os grandes líderes digitais do mundo estão buscando parcerias no mercado emergente para assumir papéis estratégicos e também disparar a lucratividade das transações.

O Waze escolheu o Brasil para testar a sua plataforma de carona, a Amazon vem desenvolvendo o seu ecossistema inovador também no mercado brasileiro.

Tudo isso só nos leva a crer que os líderes brasileiros precisam mais do que nunca abrir os seus olhos para a inovação. E não estamos falando apenas da inovação e a da criatividade que dará origem a um novo produto, mas também as ideias inovadoras que darão origem a novos processos, a nova forma de fazer e uma sequência de pequenos passos que fomentam a inovação dentro da empresa.

Como sempre falamos aqui no blog, a inovação é também organizar os negócios para disputar um aporte em rodada de investimento de uma Corporate Venture Capital passa antes por uma mudança de mindset. A sua empresa está pronta para dar o próximo passo rumo à inovação? Divida sua opinião conosco nos comentários!

 

 

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