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Design e inovação: design é preciso, inovar não é preciso

Design Thinking

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Eu acredito que isso não seja óbvio para todo mundo, mas design e inovação são conceitos que andam lado a lado. Não acredito ser possível pensar em design thinking, design organizacional, design de negócios, design de serviço, ou qualquer outra abordagem que envolva design sem que ela se alinhe à cultura da inovação

Então, o meu título do texto está errado? Afinal, se o design é preciso e inovar não é… “O que você quer dizer, Mauricio?”. Eu vou explicar. 

Design e inovação: qual a importância de cada um? 

O poeta Fernando Pessoa, em um de suas obras, cita uma frase muito antiga e interessante:

“Navegar é preciso, viver não é preciso”.

Ao que parece, tal frase foi dita pelo general romano Pompeu, em 70 a.C. Ele referia-se ao fato de que a navegação naquele momento era necessária, a vida não o era. Uma bela frase de efeito e apenas isso, já que toda vida humana é por demais necessária e indispensável. 

No entanto, o sentido dúbio da frase fica ótimo em Pessoa: a navegação é uma ciência exata, a vida não o é.  Tudo fica ainda mais “divertido” quando se toma ao mesmo tempo os dois significados de preciso: ora como necessário, ora como ciência exata.

Assim, quando pensamos em design e inovação, concluímos que Design é preciso. Inovar não é preciso. Ou seja: 

1) Design é necessário, pois a inovação não é uma ciência exata. 

2) Design é mais gerenciável do que a inovação, por isso esta é secundária. Com essas frases gostaria de discutir design e inovação.

A corrida das empresas atrás da inovação 

Quando os diretores das empresas bradam aos ventos a necessidade de inovação nas empresas, eles, na verdade, estão clamando por design. Sim! 

Não, não estou falando do “embelezamento” de produtos, não! Refiro-me à co-evolução dos espaços problema e solução. Segundo a academia, sempre que algo é feito pela primeira vez (algo inovador), isso é produto da “co-evolução dos… blá-blá-blá”.

Fazer algo “pela primeira vez” é fundamental para a inovação e, isso, a “engenharia” não faz. Isso mesmo. Quando um “engenheiro” recebe o crédito por uma inovação, na verdade, ele está sendo reconhecido como designer. 

Afinal, não é preciso ter graduação em design para fazer design. Mas é necessário conhecer a dinâmica do design, da “co-evolução dos espaços problema X solução, para que se tenha a mínima chance de se criar uma inovação. Tão certo quanto dois-e-dois-são-quatro e assegurado pelas pesquisas acadêmicas. 

O design como aliado das organizações 

Na próxima reunião de planejamento estratégico, quando se falar em INOVAÇÃO, grite bem alto: DESIGN É PRECISO! INOVAR NÃO É PRECISO! 

Depois, se você ainda estiver empregado, é porque conseguiu sensibilizar a diretoria.

Isso é sério por diversos motivos. Um deles é pelo fato de que o conceito de inovação é extremamente complexo para se definir, o que se dirá para “gerir” a inovação. Afinal, como gerir algo que não se sabe minimamente o que é? Entendeu o problema? 

Não à toa, o design evoluiu nos últimos anos e cada vez mais empresas buscam palestras, webinars, workshops in company, cursos e outras dinâmicas que ajudam a pensar em soluções diferentes para produtos e serviços. Todas elas tendo o design como propulsor da mudança.  

Portanto, um dos poucos pontos pacíficos sobre a inovação é o fato de que: “Por trás de cada inovação está um novo design.” (BALDWIN; CLARK, 2005). 

Além disso, o conceito de design é muito mais simples do que o de inovação, apesar de também ser fluido. Se tiver interesse, deixe seu comentário aqui embaixo para falarmos mais sobre esse assunto. 

Nos workshops promovidos sobre o tema, os participantes têm a oportunidade de experienciar a dinâmica do design e da inovação. Ao final, ficam habilitados a reconhecê-la, provocá-la e protegê-la. 

E podem, por fim, a plenos pulmões gritar: DESIGN É PRECISO! INOVAR NÃO É PRECISO! Ao final, Fernando Pessoa complementa: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

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