Experimentação: tente, erre e acerte usando a lógica do design

Design Thinking

Compartilhe nas redes

design thinking

No conteúdo anterior, falei o quanto o Design Thinking é relevante para transformar ideias em produtos, serviços e novos processos, além de ampliar conhecimento e estimular a inovação. Muito longe de ser apenas uma abordagem para reflexão, o DT se apoia em alguns pilares, sendo que um deles é a experimentação. Ou seja, constrói-se para pensar e aprender. Aqui temos um grande desafio para organizações que desejam mudanças culturais e estruturais. O medo de errar, muitas vezes, impede ou limita a fase de testes das ideias mais promissoras que surgem durante a prática do Design Thinking.

O fato é que a experimentação constitui uma ação fundamental para antecipar falhas e reduzir custos. Aplicada da maneira adequada, como parte do processo criativo, ela melhora a visão para solucionar problemas e para identificar qual papel de determinado produto nos planos da empresa. Não é possível, portanto, pensar a inovação sem efetivamente saber se aquele produto ou serviço cumpre as expectativas do mercado. Mas por que é tão difícil incluir prototipagem e testes no processo de desenvolvimento das empresas?

Acho importante relacionar essa conversa à cultura de inovação. A abordagem do DT está diretamente ligada a um ambiente propício para a criatividade. Não adianta, por exemplo, iniciar um novo estudo sobre um novo modelo de negócio ou melhoria de um processo, a partir do Design Thinking, se não existe apoio dos gestores ou um canal para feedback entre as equipes.

4 desafios da experimentação no Design Thinking

1. Lidar com erro

Poucas empresas incorporam a ideia de que as falhas servem para ampliar a visão sobre o negócio e para agregar conhecimento. Quando consideramos a estrutura hierárquica tradicional, com decisões unilaterais e sem brecha para discussões, fica ainda mais claro perceber que gestores têm muito medo de errar. A falha parece um atestado de incompetência, como se tivéssemos todas as respostas para cada situação que aparece no dia a dia empresarial. Mas é a vivência de momentos inesperados e a oportunidade de rever processos e de testar novos modelos que nos preparam para o acerto.

2. Saber consertar o erro

Ainda mais difícil do que encarar a falha é estudar uma maneira de consertá-la. A experimentação no Design Thinking coloca em evidência os riscos e os erros das propostas e cabe aos participantes um plano de ação para reduzir as ameaças e tornar a iniciativa viável, desejável e em harmonia com o mercado.

3. Tempo x custos

“Experimentação é um gasto de tempo e de dinheiro”. Com certeza incluir a fase de testes e repeti-la em diferentes momentos do DT é uma prática que consome horas de dedicação. Mas qual o custo de um produto que já chega ao mercado mal sucedido?

Temos muitos casos de lançamentos com um desempenho ruim em vendas. Grandes empresas estão sujeitas a isso, até mesmo as mais inovadoras. O Google, por exemplo, já teve as suas escorregadas. Em 2009, lançou o Google Wave para unir SMS, e-mails e redes sociais em um só lugar. Mas parece que o público-alvo não estava querendo algo do tipo e o produto foi encerrado apenas um ano depois. Ainda tem o fiasco do Google TV, iniciativa da empresa para entrar no mercado de mídia doméstica.

Será que essas frustrações poderiam ser evitadas com mais fases de experimentação e com um amplo entendimento da demanda e do desejo do mercado? Quantos milhões seriam economizados? Na corrida pelo pioneirismo ou para estar sempre no páreo com a concorrência, nem sempre há tempo. Fica a escolha entre assumir alto risco (e alto custo) ou desenvolver utilizando técnicas e abordagens eficazes.

4. Respostas imediatas

Infelizmente (ou, melhor, felizmente), não sabemos todas as respostas. Por isso defendo a experimentação como a prática do aprender fazendo. No final, você pode inclusive não chegar a resposta alguma! Sem problemas, pois nem toda solução encontrada no DT pode ser viável para o momento da empresa. Isso não quer dizer que o processo foi jogado fora. Longe disso! Ao final da abordagem, todos terão uma visão real dos riscos, benefícios e propósitos de um novo negócio. Lembre-se que esse é um trabalho constante.

Experimentar é ganhar conhecimento e reduzir custos com o desenvolvimento de produtos e serviços. É compreender, na prática, se a ideia é viável, desejável e se tem impacto no mercado. É desapegar do que não faz sentido para o momento e aprimorar o que tem potencial. Fica o convite para outro post sobre tentativa e erro.

CURSO ONLINE

Tempo & Fluxo da vida

Transforme sua relação com o tempo e alcance equilíbrio verdadeiro!

Assine nossa newsletter e receba nosso conteúdo

Palestras
Algoritmo da vida
A vida nem sempre segue um padrão lógico e previsível, mas pode ser compreendido e identificado.
CONTRATAR
Cultura organizacional para inovação​
Não basta criar soluções disruptivas sem fomentar um ambiente de trabalho com uma cultura forte.
CONTRATAR
Tempo e o fluxo da vida
A importância de compreender e aceitar o ritmo natural da vida e a relação do tempo com esse fluxo.
CONTRATAR
Confiança e engajamento
Nesta palestra sobre confiança e engajamento comento sobre a importância da transparência e comunicação aberta para construir relações sólidas.
CONTRATAR
Inovação é feita de gente​
Aborda as habilidades fundamentais e as condições necessárias para promover a inovação com pessoas e não apenas com tecnologia.
CONTRATAR
Liderança ambidestra
Nesta palestra, abordo como a liderança ambidestra pode se destacar, contribuindo para o desenvolvimento da empresa e muito mais!
CONTRATAR

Conheça meus livros

Artigos relacionados

Liderança

O que é polywork e quais os perigos de normalizar essa tendência

A tendência de profissionais assumirem múltiplas atividades está moldando o futuro do trabalho, trazendo flexibilidade e inovação. Mas quais os riscos de normalizar essa prática?
Liderança

Liderança na pejotização: como transformar desafios em oportunidades

Quer saber como construir equipes versáteis, inovadoras e altamente produtivas em um contexto de pejotização?
Inovação

Como a liderança pode fomentar iniciativas de inovação social

A inovação social não é mais uma tendência, mas uma estratégia poderosa para gerar impacto positivo.

Fique por dentro!

Assine nossa newsletter e receba nosso conteúdo.

Ao preencher o campo acima você concorda com nossa Política de Privacidade.

CURSO ONLINE

Tempo e Fluxo da Vida

Transforme sua relação com o tempo e alcance equilíbrio verdadeiro!