Como criar processos inovadores (e quando vale a pena fazer isso)

Inovação

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processos inovadores

Criar processos inovadores têm sido considerado a solução para as maiores dores de todas as empresas. Mas será que é sempre assim? Certamente, investir em criatividade trará benefícios enormes. No entanto, as respostas podem ser mais complexas: há um passo anterior ao da inovação. Por exemplo, é fundamental um RH disruptivo, que pense adiante e tenha conhecimentos especializados. Do outro lado, é igualmente primordial ter aquilo que é considerado a base: desenvolvimento e progressão de carreiras, aperfeiçoamento dos profissionais, treinamentos para lideranças, entre outros.

Agora, nada impede que o básico tenha um diferencial da empresa. É preciso avaliar quando processos inovadores precisam ser colocados em prática de uma forma brusca ou de maneira fluída. Entretanto, para entender mais sobre o assunto, é interessante conhecer o desenvolvimento de um processo criativo, como o descrito por Roger von Oech, em “The Seven Steps of the Creative Process”.

Os 7 passos fundamentais de processos inovadores

A inovação e a criatividade são ótimas amigas, tanto é que muitos chegam a confundi-las, de tão próximas que estão. Afinal, para inovar é necessário sair dos padrões e deixar de fazer aquilo que todos fazem. Como Paul Arden, autor de vários livros sobre publicidade, explica em “Tudo o que Você Pensa, Pense ao Contrário”. A ousadia de fazer diferente, de colocar a criatividade em prática, mesmo que isso desafie o que os concorrentes estão utilizando, pode trazer uma recompensa significativa. Ou seja, ser realmente bom e se tornar referência em seu segmento têm como pré-requisito um ponto: questionar o que é feito e não seguir o fluxo.

Um dos casos contados pelo autor e aplicado na publicidade é quando descreve uma situação um pouco antes da queda do Muro de Berlim. Na ocasião, o executivo Júnior Paulo Cowan, de uma agência de comunicação, trouxe a ideia “vamos colocar um cartaz do outro lado”. Na época, a questão era “ok, incrível, mas onde conseguirá arrumar dinheiro para tanto?”. O profissional disse que tinha suas economias e que simplesmente “iria fazer”. Bom, ele foi lá e fez. E virou notícia mundial. O cartaz dizia “Saatchi & Saatchi first over the wall” (literalmente, os primeiros por cima, através do muro). Depois disso, abriu sua própria empresa. De acordo com Arden é o que os melhores fazem.

Para ser um dos melhores, foi preciso inovação e ousadia. Dentro dos processos criativos, Roger von Oech descreve sete passos. Tratam-se de áreas que constituem o processo desde a fase inicial, onde está sendo germinado, até um momento mais prático, quando já há uma avaliação e processamento consciente, embora não necessariamente linear. Por isso, a ordem descrita pode não ser exatamente semelhante, um dos passos pode tomar o lugar do outro ou ser trocado dentro da sequência.

Na fase considerada germinativa, estão os cinco primeiros passos:

1. Motivação: que é um desejo grande de ser criativo e, com isso, acaba gerando a energia motivadora.

2. Pesquisa: aqui a pessoa ou empresa começa a coletar informações, é a hora da exploração.

3. Afinidade: quando as ideias e recursos são colocados em convergência e, assim, são eliminadas algumas suposições e hipóteses.

4. Incubação: dar um passo para trás do problema, após dedicar-se a ele, e deixar a cargo do subconsciente. Assim, é possível alcançar perspectivas e a ideia crescerá. O que pode atrasar a aplicação de ações, mas potencializar os processos inovadores.

5. Iluminação: não existe tempo marcado para os processos inovadores surgirem. Uma boa ideia pode aparecer em diferentes cenários. Por isso, é tão importante registrá-las e começar a reconhecer qual parte do dia é seu “instante criativo”.

Já, na fase prática, se encontram as últimas etapas:

6. Avaliação: independentemente das ideias alcançarem um patamar de perfeição, aqui se tomam decisões para implementar processos inovadores.

7. Ação: quando os processos inovadores precisam ser complementados e aplicados.

Quando vale a pena investir na inovação dos processos?

Inovar e ser criativo é incrível. Trazer a empresa para o centro das atenções positivamente e ser um profissional pioneiro são duas conquistas que devem ser valorizadas. Porém, para conseguir tal mérito, é vital saber reconhecer se há bases que sustentem a geração e aplicação de processos inovadores. Sendo assim, é preciso manter um olho na fidelização do cliente, mas sem perder o timing de mercado. Como ao dar continuidade com determinadas formas, sensações, gostos, cheiros e características que tornam seu produto ou serviço carro-chefe diferenciado, mas repaginando de forma sutil, sem perder o conceito.

Vale também para processos inovadores internos. Se algo dá muito certo entre os colaboradores, não é preciso retirar deles repentinamente, mas ir acrescentando otimizações que conquistem o engajamento de cada um. Com essa base formada e um público predisposto a aceitar um processo criativo e implementá-lo, aí sim, é a ocasião para investir com força total. Então, germine ideias, processe, avalie e aplique. Olhe para fora da empresa, porém, jamais se esqueça de olhar para dentro e ver o que está “pronto” para ser aperfeiçoado.

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