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Chat GPT e mercado de trabalho: quais os impactos nas profissões

Inteligência artificial

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Chat GPT

Em declaração a um jornal alemão, o cofundador da Microsoft, Bill Gates, disse que inovações como o Chat GPT mudarão o mundo como conhecemos. Na visão do inventor e empresário, recursos como machine learning e inteligência artificial tornarão os processos mais eficientes, sobretudo no ambiente corporativo.

Lançado em novembro de 2022 pela empresa OpenAI que, inclusive, firmou parceria com a Microsoft, o Chat GPT é visto como uma novidade ainda hoje. Trata-se de um chatbot que, munido de informações coletadas na internet, cria textos novos. Sobre qualquer tipo de tópico que lhe é questionado.

Por exemplo, um experimento conduzido por Daniel Marques, presidente da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), estampou as manchetes dos principais jornais brasileiros. Ele inseriu questões inspiradas nas mesmas aplicadas em provas do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). E o resultado impressionou: caso tivesse feito uma das provas, o Chat GPT teria passado na primeira fase com 48 pontos dos 80 possíveis. O que confirma o potencial do recurso e as diversas formas pelas quais pode ser utilizado.

Mas, uma série de questionamentos surgem, para além das facilidades que tal tecnologia impõe. Sem sombra de dúvidas, é certo que o Chat GPT pode facilitar e muito a vida nos negócios. Mas, quais os impactos dessas invenções nas profissões? Ainda, quais desafios a inteligência artificial impõe ao futuro do trabalho?

Impactos do Chat GPT nas profissões criativas

Entre os principais pontos de debate em torno dos impactos do Chat GPT nas profissões está naquelas de base criativa. Sobretudo aos produtores de conteúdo de plataformas digitais, e aqueles com profissões consolidadas, incluindo jornalistas e publicitários.

O modo de funcionamento da ferramenta de fato impressiona: basta fazer qualquer pergunta ou digitar um tópico, sobre qualquer assunto. Na sequência, de posse de uma base de dados sem precedentes, o chatbot desenvolve textos diversos. Tudo segue uma linha tal qual uma conversa entre duas ou mais pessoas.

Há quem diga, por exemplo, que essa tecnologia  acabará com profissões como a dos jornalistas. Outras possíveis carreiras que, de acordo com várias publicações, tendem a ser extintas são as de assistente jurídica, analista de mercado e até de professores. Ainda: entram no rol o fim daqueles que vivem de criar conteúdo. Mas, será que o caminho saudável para esse debate é adotar uma linha maniqueísta, que determina o fim de um em detrimento do outro?

Não é de hoje que inovações e invenções nos processos de transformação cultural e industrial surgem e que pânicos diversos são associados a elas. O mesmo aconteceu com o rádio, depois com a televisão, com a internet, com o streaming e por aí vai. E todos esses inventos permanecem em atividade, com adaptações para as necessidades atuais.

Desafios do Chat GPT e limites à inteligência artificial

Porém, de onde são retiradas as informações filtradas e apresentadas pelo Chat GPT? Por serem escaneadas e mapeadas da internet, elas possuem uma fonte. No entanto, a ferramenta não informa a origem delas.

Ainda que sejam fruto de um cruzamento de dados, o fato é que o que foi posto pela tecnologia não está dado. Ou seja, alguém, em algum momento, dedicou tempo e esforço para produzir algo. E que, subitamente, foi subtraído e utilizado pela tecnologia.

Outro desafio a ser refletido é sobre a veracidade das informações. Por exemplo, em um trabalho executado por um repórter, um dos processos realizados é o da checagem dos dados. Caso se utilize, por exemplo, textos criados pela ferramenta, quem conferirá a fonte do conteúdo?

Aqui a reflexão evolui para outro possível debate: a internet é “terra de ninguém”? O que foi publicado no ambiente virtual passa a ser de posse da coletividade? Naturalmente que não, uma vez que questões como direito autoral e as leis derivadas existem e são executadas, sempre que uma das partes se sente lesada.

Um outro exemplo a ser citado sobre o uso da inteligência artificial é o da obra “Théâtre D’opéra Spatial”, feita por Jason Allen de Pueblo usando a tecnologia. Ele submeteu a criação em um concurso e levou o primeiro lugar na categoria de arte digital. O feito, todavia, inflamou diversos debates de outros artistas, questionando se o que fora feito por uma máquina pode ser considerado arte.

Por uma soma de forças em prol de objetivos em comum

Ou seja, por mais facilidades que a tecnologia possa criar e agilizar os processos, a presença dos humanos no contexto ainda é fundamental. E aqui frisa-se a importância em somar forças para gerar a inovação nas empresas. O que é totalmente diferente de preconizar o fim de um dos lados em detrimento do outro.

Por coletar as informações de uma vasta base de dados, muitas delas podem, naturalmente, estar desatualizadas ou em inconformidade. Logo, fazer uso da ferramenta associada ao trabalho de uma pessoa que confira os dados é uma necessidade.

Pode-se dizer que, tal qual com o advento da televisão ou da própria internet, uma revolução de ordem comunicacional foi feita. E o Chat GPT inaugura uma nova era desse processo que, muito provavelmente, continuará sendo cíclico. Em algum momento do futuro outra ferramenta surgirá, com novos mecanismos e operação, prometendo inovação e criatividade. E mais uma vez debates como o atual despontarão nas rodas de conversa.

O que se propõe, contudo, é atentar o olhar às potencialidades e união de forças. Dessa forma, é possível obter o melhor de ambos: o das máquinas, com sua lógica e racionalidade, e o dos humanos, com sua razão, ética e empatia além de pitadas de emoção. Em resumo, tanto a inteligência artificial quanto os seres humanos podem trabalhar juntos para gerar valor para as empresas. Afinal, a inovação também é feita de gente.

Se você gostou desta reflexão e deseja saber mais sobre o tema, fica o convite para outro artigo: existem limites para a inteligência artificial? Tire suas dúvidas!

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