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Aprendizagem autodirigida como um processo de cura

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Aprendizagem Autodirigida Cura

Será que é possível aprender de uma maneira não convencional? Aprender é um processo que vivenciamos ao longo da vida toda e, diversas vezes, mesmo quando não percebemos, estamos buscando aprendizados a partir de nossos interesses e necessidades. Essa forma de aprender é chamada de aprendizagem autodirigida, quando as pessoas dedicam tempo e energia ao que lhe faz sentido, não ao que lhe é imposto como necessário.

As novas formas de aprendizagem, especialmente para adultos, estimulam que mais pessoas possam buscar e desenvolver novas habilidades, tendo a consciência de que existem possibilidades de seguir aprendendo a vida inteira. Mas, para isso, é necessário se perceber como pessoa capaz de fazê-lo e compreender como tornar-se um aprendiz autodirigido.

Mas como fazer isso? O processo de aprendizado não deve ser doloroso e penoso. Para compartilhar sua experiência a respeito deste tema, convidei Alex Bretas para participar do Webinar Aprendizagem como cura, que foi ao ar no meu canal do youtube no último dia 26/08 e está disponível gratuitamente. Comento neste artigo os melhores momentos da nossa conversa.

Como a aprendizagem autodirigida pode contribuir para um processo de cura?  

Existem algumas perspectivas a respeito da aprendizagem autodirigida como forma de cura. De modo geral, podemos dividi-la em três níveis.

A primeira fase é a curiosidade: muitas vezes se busca conhecer, explorar e aprender algo novo através da curiosidade. Isso no sentido de saber e descobrir mais a respeito de algo, sem poder explicar exatamente o porquê dessa vontade. Esse é o momento quando começamos a buscar por esse conhecimento e, fazendo esse movimento, o assunto começa a aparecer mais no dia-a-dia.

Na fase dois, o processo passa a ser o da inquietação: a pessoa passa a assumir, de algum modo, um compromisso consigo mesmo de que aquele determinado assunto, autor ou temática faz sentido com o que a pessoa está buscando conhecer. Esse estágio já permite que se produza e aprenda muitas coisas, sem necessariamente seguir uma fórmula tradicional de aprendizado. 

Assim, por fim, chegamos à fase três, quando falamos de propósito: que é quando o aprendiz compreende de onde surgiu aquela vontade de compreender sobre determinado assunto em sua vida. O que na história de sua vida fez com que determinado assunto o motivasse a querer compreender, estudar e pesquisar sobre? A pessoa passa a viver o aprendizado como algo que faz parte da sua história de vida. 

O importante, nesse processo, é persistir no caminho de aprendizagem. Nem sempre através da curiosidade ou da inquietação é possível compreender a verdadeira motivação dessa necessidade de compreender certos assuntos e aprender determinados métodos. Mas a persistência neles é que faz com que o aprendiz autodirigido —  mesmo quando ele não sabe que é isso que está fazendo —  encontre a motivação de todo movimento que ele mesmo se propôs a fazer. 

Por que acreditamos na crença de que a inteligência pode ser medida com uma régua?

O ensino tradicional, apesar de necessário e importante para determinadas formações, nos ensina que a inteligência pode ser medida através de testes, parâmetros que nem sempre fazem sentido para todos os tipos de pessoas. Conhecemos os “gênios”, os inteligentes “na média” e os “abaixo da média”. 

Essa forma que fomos treinados a ensinar e aprender exclui, na maioria das vezes, as potencialidades únicas de cada pessoa. Ou seja, desde que começamos a aprender métodos que nos são impostos como corretos e, sendo assim, quem busca outros tipos de conhecimentos que fogem do padrão tradicional, acaba sendo invalidado. 

Precisamos compreender que existem modelos mentais diferentes e, sendo assim, dependendo do contexto econômico, social cada ser em si pode compreender o mundo ao redor de uma maneira diferente. A aprendizagem autodirigida defende que desenvolver esse modelo mental é a chave para que se siga aprendendo o que você verdadeiramente quer e será relevante aprender. 

Aprendizagem autodirigida é sobre coletividade

Existem diversas pessoas buscando o aprendizado em assuntos que não são considerados “tradicionais”. E quando não buscamos por esses semelhantes, a aprendizagem pode acabar virando um processo muito desmotivador e solitário. 

“Aprendizes autodirigidos muitas vezes precisam lidar com desafios solitários simplesmente porque eles não estão fazendo a mesma coisa que todo mundo. E assim eles acabam se culpando por não se sentirem motivados.” É o que nos diz Blake Boles, no livro A Arte da Aprendizagem Autodirigida — com prefácio e tradução por Alex Bretas.

Então, Blake Boles afirma que a aprendizagem autodirigida não necessariamente  significa que você precisa fazer tudo sozinho. É necessário inserir-se na atmosfera certa, com pessoas que compartilham dos seus interesses e dosar a quantidade exata de estrutura pode fazer toda a diferença. 

Atualmente, podemos encontrar diversos grupos online onde pessoas discutem formas de aprender sobre assuntos que fogem do usual. Algumas instituições do ensino tradicional também vêm buscando métodos diferentes de ensinar, justamente para se adaptarem às mudanças que o mundo exige. 

Gostou do assunto? Você pode se aprofundar sobre como a colaboração faz parte de uma forma inovadora de liderar e aprender. Se inscreva para saber mais sobre o workshop destinado para a cocriação de redes de aprendizagem, inovação e inteligência coletiva dentro das organizações.

 

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