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Transformação digital: os empregos estão em risco com a automação?

Futuro do Trabalho

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Os robôs saíram das telas de cinema e televisão para ocupar o seu lugar no escritório. Explico melhor. Com a transformação digital, estão todos falando sobre automação de processos, de atividades, de trabalho. É aqui, nessa última palavra, que reside o medo de muitas pessoas: “será que perderei meu emprego para um robô?”. Por certo, a automação de trabalho está acontecendo e ainda acontecerá em variados setores, mas aqui cabe uma outra pergunta: quais são as profissões que realmente estão na mira das mudanças. E, uma ainda mais importante, se é realmente preciso tamanha ansiedade e preocupação.

De acordo com o artigo “Robots and Automation May Not Take Your Desk Job After All”, há uma variável entre o que pensam os candidatos e recrutadores. Na publicação do Relatório Job Seeker Nation, em 2016, 55% dos profissionais estavam, pelo menos um pouco, preocupados com a possibilidade de automatização dos seus trabalhos. Em contrapartida, dentre os responsáveis pela contratação, somente 10% anteciparam a automação de algumas funções para os próximos 3 anos. Nem todos chegaram lá. Afinal, quando se trata de ciclos de tarefas repetidas e previsíveis, é mais simples analisar a automação, como as empilhadeiras e outras máquinas de linhas de montagem. Mas a realização do trabalho cognitivo requer mais esforço.

Existe sim, no entanto, números que mostram uma mudança no mercado de trabalho. Muito embora existam tarefas ainda restritas ao ser humano, é preciso enxergar que a transformação digital está fazendo uma troca de cenários. Em 2013, os especialistas Carl Benedikt Frey e Michael Osborne fizeram uso de um algoritmo de machine learning para analisar o quão rápido e fácil seria automatizar 702 tipos de trabalhos nos Estados Unidos. A conclusão foi de que 47% deles poderão ser realizados por máquinas em cerca de uma ou, no máximo, duas décadas.

Na mesma linha, a OECD promoveu um estudo com 32 países desenvolvidos, mas utilizando uma técnica diferente da análise de Carl Benedikt Frey e Michael Osborne. Na ocasião, constatou-se que 14% dos empregos possuem um alto grau de vulnerabilidade com uma possibilidade de 70% de automação. Já 32% possuem uma dose de risco, mas com chances menores, entre 50% e 70%. Em números, equivale a 210 milhões de empregos que podem ser automatizados. Entretanto, não deverá ser uma automação massiva e uniforme, pois há um grau de variação de vulnerabilidade entre países. Além disso, deve ser levada em conta a estrutura organizacional e a indústria.

Na Coreia de Sul, 30% desses empregos “em risco” estão na indústria, no Canadá, são 22%. Por outro lado, é mais difícil automatizar empregos coreanos do que canadenses. Uma das teorias é de que na Coreia do Sul, encontrou-se formas de combinar tarefas de rotina com aquelas que são sociais e criativas, que não podem ser substituídas por robôs e computadores. Ou, outra explicação, as empresas coreanas já possuem um alto grau de automação.

Transformação digital e os novos mercados

De volta para o artigo de Dan Finnigan, CEO da Jobvite, sobre robôs e automação, há um viés muito maior a ser considerado a respeito dos empregos na transformação digital. Para isso, o especialista traz um estudo da McKinsey, no qual, embora existam mesmo empregos que serão automatizados, traz as tarefas que somente os humanos conseguirão executar em um futuro previsível, com um foco grande na educação e na saúde. O estudo faz uma ressalva para o jogo de adivinhação: quais empregos serão ou não “roubados” por máquinas? A história, como alegam, é bem mais sutil.

As atividades consideradas com baixo potencial de automação (com as tecnologias disponíveis atualmente) são as que estão relacionadas com gerenciamento e desenvolvimento de pessoas, com 9% de probabilidade; aquelas que exigem tomada de decisões, planejamento ou trabalho criativo, com 18%; assistência médica com cerca de 36%. No último, há variáveis, se uma enfermeira tem 30% de probabilidade de ter suas funções automatizadas, para um higienista dental, a porcentagem cai para 13%. Por fim, as atividades em educação têm um potencial de 27% de automação.

O estudo da McKinsey traz o exemplo da implantação de scanners de código de barras e sistemas de ponto de venda na década de 80, nos Estados Unidos. Na época, o custo de mão-de-obra foi reduzido em média 4,5%. Também permitiu-se inovações e o aumento de promoções. Mas, por sua vez, os caixas ainda eram necessários e cresceram em mais de 2% entre 1980 e 2013.

E como fica o mercado de trabalho? A transformação digital possibilita a abertura de novas possibilidades. Como afirma Finnigan, as pessoas são implacáveis na sua habilidade criar maneiras de servir aos outros, o que gera novos trabalhos. Uma parte de quase todas as funções será sim automatizada, enquanto os profissionais caminham para um lado mais cognitivo. Combinar inovação e tecnologia, pode resultar em diferentes tipos de oportunidades que os seres humanos conseguirão aproveitar.

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